Notas:2 exemplares de negativo.
O Bom Jesus Conselheiro, nascido em Quixeramobim, Ceará, a 13 de março de 1830. Em 1874, após peregrinação por vários Estados, entre os quais Pernambuco e Sergipe, chega à Bahia, onde dá sequência às suas pregações religiosas e à organização de multirões sacros com que construía igrejas, estradas, casas de caridade e cemitérios pelo sertão. Entrega-se à prisão em 1876 mas não fica detido, errando com seus seguidores até que vem a se fixar na decadente fazenda Canudos, às margens do rio Vaza-Barris, em 1893. Em quatro anos conseguirá o prodígio de erguer o segundo ajuntamento urbano da Bahia, o chamado Arraial do Belo Monte de Canudos, onde perecerá, com os seus 25.000 seguidores, em 1897, sendo o arraial completamente destruído. Foi o comandante-supremo das forças jagunças, com que derrotou três volantes policiais e três expedições militares, a partir do ano que precedeu ao de sua fixação em Canudos. Reside por cerca de três meses e meio à Quarta expedição, chegando perto de derrotá-la no começo da campanha. A 22 de setembro, vem a morrer de doença. A guerra findaria a 5 de outubro. Por suas mãos, Canudos se fez simpática à monarquia recém-derrubada no país e realizou o ideal econômico da coletivização dos meios de produção. Questões como a organização interna do Arraial, bem como, o seu abastecimento, conservam-se enevoadas até o presente. Imagem utilizada na Exposição: O Fuzil e a Câmera – imagens da guerra de Canudos pelo fotógrafo Flávio de Barros, na Fundaj, em 1991.
Reprodução realizada a partir das imagens originais do álbum de Flávio de Barros, pertencentes ao Museu da República do Rio de Janeiro.
Descritores:MILITAR
Propriedade intelectual:Obra em domínio público ou autorizada